Notícias
05
FEV
Aprenda a gostar do seu corpo maduro
As mulheres atraentes não são as mais magras, ou que se submeteram a procedimentos estéticos, e sim as que se sentem confortáveis consigo mesmas Nas duas últimas colunas, falei da importância de uma alimentação equilibrada para evitar doenças crônicas e do risco aumentado para demência num quadro de sobrepeso, ou obesidade, a partir da meia-idade. Quero enfatizar que meu objetivo é a adoção de um estilo de vida saudável, e não buscar padrões estéticos associados à juventude. Por mais que pareça óbvio, aceitar o envelhecimento do próprio corpo ainda soa como uma “missão impossível”, principalmente para as mulheres. As mulheres mais atraentes são aquelas que se sentem confortáveis consigo mesmas Kim Brown para Pixabay Até quem é adepta do exercício se depara, no espelho, com a passagem do tempo: manchas na pele, seios que há muito deixaram de ser empinados, flacidez nas coxas, pneuzinho na barriga. A maioria começa a se cobrir, sem conseguir conviver com o desconforto em relação ao corpo, inclusive durante o sexo. Uma amiga me disse que se recusa a ficar por cima do companheiro, com vergonha de peitos e abdômen com menos tônus. Temos que parar de ouvir essa voz interna, amarga e crítica. A bilionária indústria de cosméticos e profissionais que transitam no território do culto à aparência sugerem que seremos menos amadas se não tivermos o visual de décadas atrás – e a tática funciona. Mas quem são as mulheres maduras atraentes? Não são aquelas mais magras, ou que se submeteram a procedimentos estéticos, e sim as que se sentem confortáveis consigo mesmas. As que riem e respiram à vontade, sem tentar encolher a barriga o tempo todo. Autoestima e confiança funcionam como um ímã. Nocauteie a vozinha talibã que manda que você se cubra. Fique nua em frente ao espelho e admire o corpo que foi seu companheiro em tantos momentos de prazer. Ele está pronto para continuar essa jornada! Em vez de enumerar as falhas, lembre-se que nenhum ser humano é perfeito. Cada um tem sua geografia, marcas e cicatrizes. O chamado “body positive”, termo cunhado na década de 1990 e que poderia ser traduzido como corpo positivo, é um movimento que luta contra a limitação dos padrões de beleza e pela aceitação do próprio visual. Embora esteja mais identificado com a bandeira contra a gordofobia, o preconceito contra o envelhecimento integra essa frente ampla. Lembre-se que o mundo das celebridades e das redes sociais se sustenta à base de intervenções, filtros e manipulações para transformar o real em ideal – e que por trás disso há um mercado extremamente lucrativo. O que o "body positive" ensina: Pare de se comparar com as outras pessoas. Realize atividades que a façam se sentir bem. Inspire-se em corpos semelhantes ao seu. Aprecie tudo o que seu corpo pode fazer e os prazeres que lhe proporciona. No lugar da autodepreciação, contextualize sua trajetória. Em vez de ficar empacada em algo como “detesto minhas estrias”, relembre por que elas fazem parte da sua história. Se são resultado de gestações, o que está por trás das cicatrizes é pura felicidade.
03
FEV
Butantan entrega 1,8 milhão de doses da CoronaVac ao Ministério da Saúde para vacinação de crianças no país
Entrega foi realizada nesta sexta-feira (3). Ao todo, Instituto já forneceu 4,5 milhões de doses ao Plano Nacional de Imunizações desde que a Anvisa aprovou o uso de CoronaVac no público de 3 e 4 anos, em julho de 2022. Caminhão chegando ao Instituto Butantan para retirar lotes de vacinas que serão entregues ao Ministério da Saúde Divulgação/Instituto Butantan O Instituto Butantan realizou na manhã desta sexta-feira (3) a entrega de 1.895.600 doses de CoronaVac ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, para a vacinação de crianças de 3 e 4 anos contra a Covid-19 no país. As doses foram produzidas com o IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) importado da farmacêutica chinesa Sinovac no final de agosto do último ano. Funcionário em meio a lotes de CoronaVac que serão entregues ao Ministério da Saúde Divulgação/Instituto Butantan Ao todo, o Butantan já forneceu 4,5 milhões de doses para a vacinação pediátrica no Brasil desde que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso emergencial do imunizante CoronaVac no público de 3 anos a 4 anos e 11 meses, em julho de 2022. As entregas ocorreram em quatro etapas: em setembro e novembro do último ano, no início de janeiro de 2023 e nesta sexta-feira. De acordo com o Instituto, para imunizar contra Covid-19 todas as crianças do país na faixa etária liberada, com as duas doses previstas no esquema vacinal de CoronaVac, serão necessárias aproximadamente 12 milhões de doses do imunizante.
02
FEV
Por que o sobrepeso na meia-idade afeta seu futuro
Risco de se tornar um idoso frágil duas décadas depois pode até dobrar Na coluna passada, citei duas pesquisas sobre a relação entre um padrão alimentar saudável e a diminuição do risco de morte prematura. Hoje, avanço na questão abordando um outro aspecto: trabalho divulgado na revista científica “BMJ Open” aponta que, após os 45 anos, o aumento de peso é um indicador de futuros problemas de saúde. De acordo com cientistas noruegueses, pessoas com sobrepeso (ou obesidade) na meia-idade têm chance maior de se tornaram idosos frágeis 21 anos depois. Sobrepeso e obesidade aumentam o risco de a pessoa se tornar um idoso frágil duas décadas depois Tumisu para Pixabay O conceito de fragilidade, criado pela médica norte-americana Linda Fried, lista um conjunto de características que sugerem um potencial declínio progressivo. Entre os marcadores que mostram a redução na capacidade de desempenho estão perda de peso não intencional; diminuição da força de preensão palmar; desaceleração da velocidade de marcha em segundos; queixas de exaustão; baixo nível de atividade física. Indivíduos com três ou mais critérios presentes são considerados frágeis; aqueles com um ou dois critérios são classificados como pré-frágeis e os que não apresentam nenhuma das alterações são robustos. Apesar de o emagrecimento involuntário indicar um estado de pré-fragilidade, novas pesquisas passaram a considerar a relevância do excesso de peso como fator que interfere no equilíbrio do organismo, principalmente pelo risco aumentado de quedas, hospitalizações e complicações decorrentes de uma internação. O estudo acompanhou 4.500 pessoas, acima dos 45 anos, entre 1994 e 2016. Anualmente, eram registrados seu peso, altura e circunferência da cintura, para estimar a gordura abdominal. A análise mostrou que quem apresentava um quadro de obesidade tinha 2.5 vezes mais chances de estar frágil ou pré-frágil duas décadas depois. No caso de sobrepeso, o risco era duas vezes maior. Outro trabalho, realizado por cientistas da McGill University (Canadá) e publicado dia 31 de janeiro no “Journal of Alzheimer´s Disease”, mapeou aspectos de neurodegeneração associados à obesidade que mimetizam a Doença de Alzheimer. Estudos anteriores já relacionavam a obesidade a alterações compatíveis com o Alzheimer, como danos cerebrovasculares e acumulação de proteína beta-amiloide. Desta vez, utilizando amostras de 1.300 indivíduos, os pesquisadores compararam padrões de atrofia da matéria cinzenta do cérebro em pacientes obesos e portadores de Alzheimer, descobrindo que o afilamento cortical do cérebro era similar nas duas condições. “Nosso estudo reforça outros achados da literatura médica que apontam a obesidade como fator significativo para o surgimento da Doença de Alzheimer, sendo o afilamento cortical um desses riscos. É da maior importância combater o sobrepeso e a obesidade de pacientes na meia-idade, para diminuir as chances de demência”, afirmou Filip Morys, PhD da universidade.
31
JAN
Pesquisa da Unicamp encontra resíduos de agrotóxicos em papinhas industrializadas para bebês
Ao todo, 21 substâncias foram localizadas em 50 amostras analisadas pela pesquisadora. 'Baixíssima quantidade' está dentro do permitido pela legislação europeia. Pesquisa da Unicamp encontra resíduos de pesticidas em papinhas de bebê Uma pesquisa da Unicamp encontrou 21 resíduos de agrotóxicos em 50 amostras de papinhas industrializadas para alimentação de bebês. O estudo apontou que a quantidade localizada é baixa e inferior aos patamares permitidos na Europa. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Realizado em Campinas e na Espanha, o estudo da engenheira de alimentos Rafaela Prata foi publicado na revista Food Control no final do ano passado. Ao todo, ela encontrou resíduos das substâncias tóxicas em 67% das 50 amostras analisadas. "O que a gente encontrou é que em 67% das amostras analisadas, a gente detectou a presença de pesticidas. Apesar de ser um número bastante alto, assusta um pouco, mas foram encontradas em baixíssimas concentrações". Rafaela Prata, pesquisadora da Unicamp, analisa amostra de papinha de bebê Wesley Justino/EPTV Como o Brasil não regulamenta especificamente a quantidade tolerável de fungicidas, herbicidas e pesticidas em papinhas, a pesquisadora utilizou a legislação europeia, existente desde 2006. "Na Europa, a legislação que a gente se baseou existe desde 2006, então a gente [Brasil] estaria um pouquinho atrasado". Regulamentação no Brasil Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, a legislação sobre os limites máximos de resíduos (LMR) utiliza como base as determinações da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa). "Nas fiscalizações efetuadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária no âmbito do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes em Produtos de Origem Vegetal (PNCRC/Vegetal) é verificado se os produtos atendem ou não a esses limites". A pasta defende que, pelos resultados, em média 90% dos produtos comercializados atendem aos limites. Especialista em direito médico, Gabriela Rodrigues afirma que a legislação vigente é rígida, mas precisa ser atualizada. "Existe uma legislação rígida sobre a quantidade de agrotóxicos encontrados em qualquer alimento, e existe uma portaria do Ministério da Saúde falando sobre papinha de neném. Só que ela não regulamenta a quantidade de agrotóxico, ela diz que tem que ter a quantidade prevista na legislação para cada alimento". "As normas existentes são seguras, mas o país ainda tem que se desenvolver. Mas, atualmente, as crianças, como toda a população, estão respaldadas para o consumo de qualquer alimento", completa a especialista. Papinha de bebê analisada por pesquisadora da Unicamp Wesley Justino/EPTV VÍDEOS: Tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias da região no g1 Campinas